sexta-feira, 2 de março de 2012

ASSÉDIO MORAL UMA QUESTÃO PSICOLÓGICA QUE GERA DANOS E DIREITOS



No ambiente de trabalho, o assédio pode ocorrer tanto ente chefia e funcionários, como também entre colegas de trabalho (imagem: Thinkstock)


Cláudia, arquiteta jovem, vistosa e inteligente saiu da sala de Regina, sua gerente, mais uma vez, arrasada. Sentia-se mal, humilhada e frustrada. Olhando para o computador, tentava sem sucesso se concentrar no projeto. As palavras de Regina ecoavam em sua mente como se fossem chicotadas, com a fala mansa, feição de ternura e tom de sarcasmo, ela dizia "puxa, mas acho que você é incompetente mesmo... Outro erro! Você já pensou em mudar de área? Porque acho que você deve estar no lugar errado! Não presta atenção, vive errando... tá difícil... acho que... sei lá... falta talento, alguma coisa falta aí! Acho que deveria perder menos tempo escovando esse cabelo e começar a prestar mais atenção no trabalho, senão vai ser difícil!". Cláudia não sabia como lidar com Regina.
Sua vida tornara-se um inferno desde que Regina assumiu a gerência. Não sabe exatamente quando tudo isso começou, mas informações importantes dos projetos pararam de chegar à Cláudia, e quando perguntava, Regina respondia sarcasticamente: "ué, se você não sabe, sou eu quem tem de saber?". Na tentativa de entregar os projetos no prazo, Cláudia concluía o trabalho com as informações que tinha em mãos. Mas aí vinham os erros. Cláudia desconfiava que Regina escondia informações importantes para induzi-la ao erro. Percebia também que, ao apontar erros, Regina sempre fazia algum comentário maldoso referente à sua inteligência e beleza.


Cláudia tentou conversar com Maurício, o diretor, mas ele argumentou que talvez ela, Cláudia, estivesse estressada e por isso se melindrava por pouco. Cláudia desistiu de lutar, passou a se sentir desanimada, não conseguia apoio da empresa, mas precisava do dinheiro. Passou a duvidar de si mesma, talvez eles tivessem razão, talvez ela não tivesse talento e fosse uma menina bonita, mimada e burra. Mais tarde, Cláudia pediu afastamento. Diagnóstico: depressão.



O assédio moral no trabalho se caracteriza pela exposição do colaborador a situações humilhantes e constrangedoras, de forma repetitiva e prolongada durante a jornada de trabalho, causando um efeito devastador na auto-estima da vítima. Tal violência psicológica causa danos à saúde mental e física não apenas à vítima da agressão, como também dos colegas de trabalho que testemunham os fatos, destruindo o bom clima organizacional, diminuindo a produtividade dos funcionários, e aumentando os índices de absenteísmo e rotatividade.


No ambiente de trabalho, o assédio pode ocorrer tanto ente chefia e funcionários, como também entre colegas de trabalho. O assédio pode se dar em forma de abuso de poder ou manipulação perversa. Entre as "manobras perversas" pode-se citar o isolamento da vítima, desqualificação, vexação, indução ao erro, assédio sexual, recusa da comunicação direta.

É importante enfatizar que para ser considerado assédio moral é preciso que o abuso de poder seja feito de forma repetitiva e prolongada, configurando a relação de perversidade no ambiente de trabalho. Nem sempre o abuso é feito por meio de xingos e insultos. Ao contrário, este não é um conflito aberto e declarado. Por isso, não raras vezes, apresenta-se mascarada de ternura e bem querer, envolto por um clima glacial.


Muitas pessoas desistem de entrar com a ação por assédio moral por temerem perder o emprego ou ficarem "manchados" na sua área de atuação. A necessidade de haver testemunhas que comprovem o assédio também dificulta o processo, pois os colegas de trabalho também temem perder o emprego.



O melhor caminho rumo à repressão do assédio moral é sempre a prevenção. O assédio se instala nas organizações quando a vítima não é ouvida e o diálogo é impossível. Prevenir significa criar políticas que facilitem o diálogo e a comunicação verdadeira, o que inclui a educação dos gestores ensinando-os a lidar com tais questões levando em conta a natureza humana.


sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

ENFRENTANDO OS TRAUMAS E CURANDO AS DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS




Todos os traumas, de uma forma ou de outra, estão ligados à violência que é cometida contra o ser humano de forma sutil e silenciosa.

Um trauma psicológico decorre de uma experiência dolorosa que, por não se suportar ou por se encarar com dificuldade, decide esconder-se na memória, é aquilo que a mente procura esconder, porém é sistematicamente exposto pelos comportamentos, pelas verbalizações, pela postura e, várias vezes, pela patologia de órgãos e sistemas do corpo humano.

A maneira como enfrentamos nossos traumas, as rejeições, decepções, erros, perdas, sentimentos de culpa, conflitos nos relacionamentos, críticas e crises profissionais, pode gerar maturidade ou angústia, segurança ou traumas, líderes ou vítimas. Algumas pessoas conseguem livrar-se de eventos traumáticos melhor do que outros.

Os traumas psíquicos podem ter consequências nas várias etapas da existência humana. Um trauma psicológico é algo que não deixa marcas físicas expostas no corpo ou que podem ser vistas através de algum exame, porém, suas consequências podem tomar dimensões significativas, prejudicando não só a infância, como a adolescência e vida adulta do sujeito.

Os bebês e crianças são mais vulneráveis aos traumas psicológicos, às vezes não lembrados na vida adulta. As emoções e sensações desagradáveis podem ficar fragmentadas e sem um elemento narrativo, caracterizando uma resposta dissociativa com desdobramentos ao longo da vida.

Cada vez mais psicólogos são procurados nos consultório por pacientes que apresentam um relevante grau de regressão. como podem ser aqueles predominantemente borderline, portadores de algum tipo de perversão ou psicopatia, transtornos narcisistas da personalidade, somatizadores, deprimidos graves, transtornos da autoestima, transtornos do sentimento de identidade, muitos pacientes também chegam à psicoterapia com embotamento emocional [dificuldade em expressar sentimentos], dificuldade de estabelecer vínculos, transtorno afetivo bipolar, distimias, dentre outros, a grande maioria das vezes adoecimento oriundo de traumas psicológicos.

É comum também o paciente chegar aos consultórios médico com pilhas de exames, com resultados normais, e queixando-se dos mais diversos sintomas, muitos casos, geralmente devido a traumas psicológicos estes pacientes produziram doenças psicossomáticas.

Por não conseguir resolver um trauma, um conflito emocional, a mente passa a produzir mecanismos de defesa com o a finalidade de deslocar o trauma, a dificuldade e/ou “ameaça” psíquica para o corpo, produzindo muitas vezes as doenças psicossomáticas.

Ter uma doença psicossomática não significa que a dor e a enfermidade não existam. Pelo contrário, a pessoa realmente está em sofrimento, sente as dores, observa as feridas, as marcas, queda do seu cabelo ou dos pelos de seu corpo, e mesmo não tendo sido diagnosticada uma causa biológica ou orgânica, a pessoa sabe que há algo errado consigo e isso gera muito sofrimento.

A somatização funciona como uma válvula de escape para emoções e sentimentos com os quais o sujeito não consegue lidar, ou seja, o corpo fala aquilo que a mente não consegue elaborar.

Quando as defesas psíquicas não conseguem dissipar os conflitos gerados, sem que ocorra uma descompensação neurótica ou psicótica, surge a doença somática como: Doenças dermatológicas (pele, manchas), respiratórias (asma), cardiológicas, hipertensão arterial, obesidade, gastrite, úlceras, alergias, transtornos sexuais femininos e masculinos, enxaqueca, fibromialgia, síndrome do intestino irritável, síndrome da fadiga crônica, dentre outras.

Fundamentalmente, a fase da vida onde ele ocorre (quanto mais cedo, maior o efeito negativo), a severidade do trauma, o tempo de exposição ao trauma e o número de eventos acontecidos vão determinar a severidade dos danos emocionais causados. Os traumas podem afetar o funcionamento cognitivo, a saúde física e as relações interpessoais.



Somos 100% responsáveis por tudo de ruim que acontece no nosso organismo.

Segundo  Louise L. Hay.:

                                 "Todas as doenças têm origem num estado de não-perdão".



Sempre que estamos doentes, necessitamos descobrir a quem precisamos perdoar.
Quando estamos empacados num certo ponto, significa que precisamos perdoar mais. Pesar, tristeza, raiva e vingança são sentimentos que vieram de um espaço onde não houve perdão. Perdoar dissolve o ressentimento.





A seguir, você vai conhecer uma relação de algumas doenças e suas prováveis causas, elaboradas pela psicóloga Louise. Reflita, vale à pena tentar evitá-las:
 
 
DOENÇAS
CAUSAS


AMIDALITE:
 Emoções reprimidas, criatividade sufocada.
ANOREXIA:
 Ódio ao externo de si mesmo.
APENDICITE:
 Medo da vida. Bloqueio do fluxo do que é bom.
ARTERIOSCLEROSE:
 Resistência. Recusa em ver o bem.
ARTRITE:
 Crítica conservada por longo tempo.
ASMA:
 Sentimento contido, choro reprimido.
BRONQUITE:
 Ambiente familiar inflamado. Gritos, discussões.
CÂNCER:
 Mágoa profunda, tristezas mantidas por muito tempo.
COLESTEROL:
 Medo de aceitar a alegria.
DERRAME:
 Resistência. Rejeição à vida.
DIABETES:
 Tristeza profunda.
DIARRÉIA:
 Medo, rejeição, fuga.
DOR DE CABEÇA:
 Autocrítica, falta de autovalorização.
DOR NOS JOELHOS:
 Medo de recomeçar, medo de seguir em frente.
ENXAQUECA:
 Raiva reprimida. Pessoa perfeccionista.
FIBROMAS:
 Alimentar mágoas causadas pelo parceiro(a).
FRIGIDEZ:
 Medo. Negação do prazer.
GASTRITE:
 Incerteza profunda. Sensação de condenação.
 HEMORRÓIDAS:
 Medo de prazos determinados. Raiva do passado.
HEPATITE:
 Raiva, ódio. Resistência a mudanças.
INSÔNIA:
 Medo, culpa.
LABIRINTITE:
 Medo de não estar no controle.
MENINGITE:
 Tumulto interior. Falta de apoio.
NÓDULOS:
 Ressentimento, frustração. Ego ferido.
PELE (ACNE):
 Individualidade ameaçada. Não aceitar a si mesmo.
PNEUMONIA:
 Desespero. Cansaço da vida.
PRESSÃO ALTA:
 Problema emocional duradouro não resolvido.
 PRESSÃO BAIXA:
 Falta de amor quando criança. Derrotismo.
PRISÃO DE VENTRE:
 Preso ao passado. Medo de não ter dinheiro suficiente.
PULMÕES:
 Medo de absorver a vida.
QUISTOS:
 Alimentar mágoa. Falsa evolução.
RESFRIADOS:
 Confusão mental, desordem, mágoas.
REUMATISMO:
 Sentir-se vitima. Falta de amor. Amargura.
RINITE ALÉRGICA:
 Congestão emocional. Culpa, crença em perseguição.
RINS:
 Medo da crítica, do fracasso, desapontamento.
SINUSITE:
 Irritação com pessoa próxima.
TIREÓIDE:
 Humilhação.
TUMORES:
 Alimentar mágoas. Acumular remorsos.
ÚLCERAS:
 Medo. Crença de não ser bom o bastante.
VARIZES:
 Desencorajamento. Sentir-se sobrecarregado.


  Curioso não?



Por isso vamos tomar cuidado com os nosso sentimentos...
principalmente daqueles, que escondemos de nós. 





'Quem esconde os sentimentos, retarda o crescimento da Alma'
Pense nisso!!!



Leila Sl Ribeiro Uzum

MARCAS SUTIS DA VIDA



Esta semana assisti a um filme que me fez pensar na minha infância e na da maioria das pessoas. O filme chamava-se "Foca Dourada" e se referia à história de uma família que vivia em uma ilha longe de tudo que fizesse menção à palavra civilização, isolaram-se do mundo por dificuldade de convivência.

De tempos em tempos, iam até a cidade na busca de alimentos que trocavam por salmão que havia pescado. A cada ida à cidade tinham a confirmação que deviam viver isolados. A forma de viver das pessoas não condizia com seus princípios de vida, pois estas falavam determinadas coisas e agiam de maneira diferente.

Este casal tinha um filho e ali eram passados comportamentos rígidos do tipo: aqui só se mata o que se come; não há possibilidade de fazer mal a nenhum ser indefeso; o ser humano é no universo a criatura mais importante e merece atenção e respeito e acima de tudo muito amor. E assim viviam com suas lições diárias, onde o filho aprendia e tinha o pai como um herói, mas...
Tem sempre um mas... ali havia também um segredo por trás de toda aquela pregação e eis, então, a primeira marca que iria ser deixada na vida do filho.

O real motivo de morarem em tal ilha era a busca por uma "foca dourada" porque a pele valia muito. Matar esta foca e vender sua pele poderia representar uma vida segura para sempre.

Em um dia de tempestade, o filho se perde, pois uma ponte, a qual fazia uma ligação com uma parte de rochedos, rompe-se e o filho tentando outros caminhos não consegue voltar para casa. O casal se desespera durante toda a noite e, no dia seguinte, sai à procura do filho. O menino havia naquela noite terrível se abrigado em uma caverna e encontrado a tal "foca dourada" que a seu lado tivera um filhote.

No dia seguinte, o filho tenta ir em busca da família e já no encontro com os pais descreve entusiasmado o que ocorrera naquela noite. O pai olha para mãe que também sabia do segredo da busca pela "foca dourada" e pede ao filho que lhe mostre onde está a tal foca de pele dourada raríssima. Chegando ao local, o pai logo pega a arma para matar o animal; o filho desesperado impede o pai de matar o bicho e, em segundos, questiona tudo que o pai havia lhe ensinado. Você está indo contra tudo que me ensinou... que referência de vida posso ter? Você me disse que nunca poderíamos matar o que não fôssemos comer e você vai matá-la para fazer dinheiro. O pai espantado olha para o filho e lhe pergunta como ele sabia que a foca poderia render dinheiro. Ele responde, então, que ouvira comentarem na cidade e que conhecia toda a história da "foca dourada", mas que tinha certeza que, por tudo que havia aprendido, o pai agiria de maneira diferente.
No final, o pai acaba junto com o filho protegendo o animal do ataque de outros caçadores, mas quase que aqui se instalou uma marca na vida do filho, caso o pai tivesse matado o animal.

A grande maioria dos problemas de relacionamentos é provocada pelos sentimentos e pelos pensamentos ocultos em nosso subconsciente. Esses pensamentos e sentimentos não resolvidos provocam conflitos em sua vida e estes não permitem que você tenha um relacionamento saudável com outra pessoa. Todas as situações de rejeição, abandono, de dissonância entre verbo e ação, de objetivos não claramente definidos, precisam ser trazidos à luz da consciência. Em outras palavras, é necessário que você cure e elimine as marcas que a vida lhe deixou. Somente assim poderá tornar-se um ser pleno.

Essas marcas que a vida lhe deixou, ou bloqueios, como energeticamente chamamos, quando encarados, perdem a força. Mas, enquanto a pessoa está inconsciente da sua existência, eles detêm o controle e forçam a agir sob a sua influência, mesmo que ela não saiba o que está fazendo e por que. Neste exato momento de não reconhecimento, a negatividade se instala em sua vida, pois passa a crer que o problema é você!

Se neste momento, você se sente só ou em um relacionamento em conflito, tenha absoluta certeza que existe alguma marca em sua vida precisando ser eliminada para que você energeticamente passe a atrair pessoas e situações que possam lhe trazer alegria e felicidade.

A Psicanálise proporciona a eliminação de tais marcas e, por meio dela, nos libertamos para crescer psicologicamente e ser quem verdadeiramente nascemos para ser , vitoriosos.

Sempre que você se sentir triste pelo comportamento de alguém, tenha absoluta certeza que existe alguma marca ou bloqueio em você que precisa ser eliminado.

Este filme também me fez pensar no que recebemos em nossa infância, no bate papo que tive com um amigo de trabalho sobre Psicoembriologia porque, na grande maioria dos casos, as crianças muito raramente recebem suficiente amor maduro e bondade, para resistir aos traumas, eliminar as heranças genéticas e até sobreviveram aos abortos espontâneos, o primeiro teste da vida que ocorre entre o 4 e 5 mês de gestação.
As que sobreviverem com certeza terão mais probabilidades de manifestar a hereditariedade gravado no código genético, portanto continuaram a ansiar por afeto e aceitação durante toda a vida, chorando de maneira inconsciente pelo que não tiveram na infância.
Muitas das situações repetitivas que vivemos no campo afetivo se traduzem na tentativa de reproduzir situações da infância (ou da história de nossos antepassados) que tentamos corrigir.

Quando dois seres inteiros e maduros se encontram promovem uma fusão Divina, onde a satisfação, o êxtase e a felicidade se concretizam, criando novos valores e acima de tudo um crescimento espiritual pleno, onde não há espaço para o sofrimento.

ISSO SÓ OCORRE QUANDO EXISTE AMOR...SÓ ELE TRANSFORMA!

Leila Sl Ribeiro Uzum